A inconstância dos bens do mundo

A inconstância dos bens do mundo

Nasce o sol, e não dura mais que um dia,
Depois da luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém se acaba o Sol, por que nascia
Se formosura a Luz e, por que não dura
Como beleza assim se transfigura
Como o gosto da pena assim se fia
Mas no Sol, e na Luz, falte firmeza,
Na formosura não se dê constância.
E na alegria sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância

Possui rimas e figuras sonoras, e além do diálogo com o universal, por meio da forma, os versos em estudo possuem aspectos maneiristas como um mundo flutuante que se pauta sobremaneira pelas inversões tais como:

“Porém se acaba o Sol, por que nascia Se formosura a Lua e, por que não dura”.

Ainda que não apareça de forma explícita, nota-se que os questionamentos o sujeito poético acontecem em cima da inversão temporal antitética, fundamentados nas belezas tanto do Sol quanto da Lua que se vão.

Uma visão melancólica reforçada pela não necessidade da presença de ambos os astros. Ou seja, para que ter a luz solar ou o luar se de qualquer maneira partirão.
Isso reforçado pelos versos da segunda estrofe:

“Porém se acaba o Sol, por que nascia – Se formosura a Luz e, por que não dura”.

Nos versos seguintes, constata-se a presença da metamorfose e a acomodação na melancolia:

“Como beleza assim se transfigura - Como o gosto da pena assim se fia”.

 Como se verifica, a metamorfose se presentifica na transfiguração da beleza, isto é, pelo desaparecimento tanto do sol quanto da lua. No segundo momento a pena, tanto pode ser de tristeza, do ou da pena com a qual o eu-lírico se expressa. Tais estrofes direcionam a uma comparação entre a formosura do Sol e da Luz que transitam “na falta de firmeza” e “Na formosura não se de constância”. “E na alegria sinta-se tristeza” com um mundo que se firma na inconstância , porque, como ressalta o eu-lírico, começa pela ignorância.

Assim, no poema lírico “A inconstância dos bens do mundo” podemos certificar os aspectos Barrocos.

Por: Johnny Souza

7 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. cara vc é muito é doido...em momento algum é mencionada a luz da lua, nem tão pouco a própria lua, o que ele faz é questionar o porquê das coisas belas serem inconstantes ñ serem formas eternas(fixas) para isso ele usa o sol como exemplo que através de sua luz expõe sua beleza, mas que só dura um dia...fazendo alusão que a luz do sol é sinônimo de alegria, logo, quando ela se vai, junto com ela vai a alegria...e através apenas do sol ele quer remeter à todas as coisas que tem sua beleza temporizada (flores, a própria lua, mas não é uma coisa específica que é direcionada à lua, estrelas e a própria vida)..."Uma visão melancólica reforçada pela não necessidade da presença de ambos os astros"...cara e esse seu trecho tosco, de onde vc tirou essa ideia de "NÃO NECESSIDADE DOS ASTROS"...sério seu texto tá muito incoerente, antes de vc publicar uma coisa assim vc deveria fazer um estudo mais sério com base nas normas padrões de análise...vc ferrou o colega aqui acima...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Cara, desculpa, mas tipo esse foi um blog criado para um propósito de avaliação escolar, e com análises feitas por diferentes alunos de seus respectivos pontos de vista, embora se refira as obras do autor, não deve ser usada como meio de pesquisa ou referencia, a análise somente irá "ferrar o colega" se ele simplesmente copiar a colar o conteúdo acima e não fazer sua própria análise de seu ponto de vista.

      Excluir
  3. Amigo, gostaria de parabenizá-lo pela análise, me ajudou muito em um trabalho da faculdade. Apesar das inconstâncias a analise foi muito bem feita.

    ResponderExcluir
  4. a que estilo de epoca esse poema pertence

    ResponderExcluir